Assessor da Câmara de Montes Claros é exonerado após ser flagrado em carro oficial na região de cachoeira
Um escândalo envolvendo o uso indevido de um carro oficial da Câmara de Vereadores de Montes Claros veio à tona nesta semana. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o veículo estacionado na área da cachoeira do Labatu, em Olhos D’Água, no último domingo (21). O carro era dirigido pelo motorista Jair que pertence ao gabinete do vereador Daniel Dias (PCdoB), que é ligado ao PT.
O presidente da Câmara, Júnior Martins (Cidadania), confirmou a autenticidade das imagens e disse que vai abrir uma investigação interna para apurar os fatos. Ele ressaltou que é expressamente proibido usar o carro oficial para fins pessoais, e que isso configura uma improbidade administrativa.
“É uma situação lamentável, que fere a ética e a moralidade pública. A Câmara não compactua com esse tipo de conduta e vai tomar as medidas cabíveis para punir os responsáveis”, afirmou.
Daniel Dias Fala sobre a irregularidade
Por meio de nota, Daniel Dias admitiu que o carro estava com um assessor parlamentar, que teria usado o veículo sem o seu conhecimento e consentimento. Ele disse que estava em compromissos familiares no dia do ocorrido e que desconhecia o paradeiro do carro.
“Assim que tomei ciência do fato, decidi pela exoneração imediata do assessor, que agiu de forma irresponsável e desrespeitosa com as normas da Casa. Peço desculpas à população de Montes Claros pelo transtorno causado e me coloco à disposição para esclarecer qualquer dúvida”, declarou.
O caso também chamou a atenção do prefeito de Montes Claros, Humberto Souto (Cidadania), que é conhecido por ser um homem honesto e fazer bom uso do dinheiro público no município. Em uma entrevista coletiva, ele criticou a atitude do assessor e do vereador, e disse que espera que a Câmara faça uma apuração rigorosa.
“Isso é uma vergonha para a nossa cidade, que tem uma história de trabalho e de respeito. O carro oficial é um patrimônio público, que deve ser usado exclusivamente para o serviço público. Quem usa para passear ou para se divertir está roubando o povo. E como eu sempre digo, se não roubar dá pra fazer”, disse o prefeito.
O caso pode ter desdobramentos jurídicos, caso o Ministério Público entre na investigação. O órgão pode acionar o vereador e o assessor por improbidade administrativa, que pode resultar em perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, multa e ressarcimento ao erário.
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