As Perspectivas Económicas para 2023 e 2024

 

O Ministério do Planejamento divulgou o novo relatório bimestral de receitas e despesas para 2023, e os números não são animadores. A previsão agora é de que o ano termine com um déficit de R$ 177,4 bilhões. No início do ano, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que seria possível terminar 2023 com um déficit de R$ 100 bilhões. O que explica essa piora na previsão é a frustração com a arrecadação, que ficou R$ 22 bilhões abaixo do esperado, além do aumento nos gastos com estados, municípios e saúde.

Olhando para 2024, a expectativa é de zerar o déficit e equilibrar as contas públicas. No entanto, diante do resultado projetado para 2023, há um receio cada vez maior de que essa meta não seja cumprida. O rombo pode ser ainda maior se não houver avanço nas pautas no Congresso e se a arrecadação não aumentar. Por isso, o governo já determinou um bloqueio de despesas discricionárias de R$ 5 bilhões.

As despesas discricionárias são aquelas que o governo não tem obrigação de cumprir, como investimentos em saúde. Aumentar a arrecadação se torna crucial para combater o déficit fiscal. No entanto, isso pode afetar a economia e afastar investidores externos, que estão de olho na responsabilidade do governo com suas contas. É um momento crucial para o país, e o rombo previsto para 2023 já traz preocupações para 2024.

É importante lembrar que estamos em um momento econômico de arrecadação e investimento estrangeiro, e a saúde das contas públicas tem um papel fundamental nesse cenário. O governo precisa mostrar responsabilidade e sanidade econômica para atrair investidores e garantir um futuro melhor para o país.

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